Com um espetáculo de muita emoção que encantou a galera, o Boi Caprichoso abriu o 57º Festival Folclórico de Parintins, na noite de sexta-feira (28/06), com alegorias surpreendentes para encenar o primeiro ato “Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas”.
Exaltando o tema central “Cultura, o Triunfo do Povo”, o azul e branco se reafirmou como arauto que proclama o triunfo de seu povo por meio da sua cultura plantada, nascida e sustentada no meio da Amazônia brasileira.
O apresentador Edmundo Oran, o levantador de toadas Patrick Araújo e o amo do Boi Prince do Caprichoso levaram a galera ao delírio, com o toque do tambor da Marujada, ao lado de personagens da cultura, séquito nordestino, o auto do boi, sanfoneiro e bailados tradicionais que encheram a arena de muito colorido.
A lenda amazônica “Dona da Noite”, do artista Roberto Reis, foi um espetáculo à parte com a grande cobra grande que revelou a cunhã-poranga Marciele Munduruku, que se transformou em serpente na arena. Seres gigantes fizeram parte do cenário igualmente fantástico para a evolução da cunhã-poranga.
O Encontro ‘Cerimonial Muatirisawá, o renascer de Abya Ayla’ apresentou a celebração indígena com a participação da líder DJuena e do pajé Erick Beltrão que emergiu do módulo tambor.
As tuxauas do Caprichoso, três mulheres indígenas de várias etnias, surgiram na transformação do módulo “Tambor da Terra, para a Dança das Morubixabas”.
A Figura Típica “Mestres e mestras da cultura popular parintinense” expressou os saberes e fazeres regionais, em Parintins, por meio da cultura popular do Boi Caprichoso. A alegoria prestou justo reconhecimento aos Mestres e às Mestras da Cultura Popular local, como Dona Silas Marçal (Siloca), conhecida como a mãe das pastorinhas da Ilha; a costureira Ednelza Cid, da família de Roque Cid, eternizada pela confecção de diversas indumentárias de sinhazinha e povos indígenas em seu ateliê; o tuxaua histórico e pioneiro, Zeca Xibelão, que dá nome ao curral; o cantor Chico da Silva; o fundador e dono da promessa Roque Cid e o tripa Marquinhos Azevedo.
A Alegoria foi feita pela dupla de irmãos do Palmares Preto e Paulo Pimentel. Na alegoria surgiram a Porta Estandarte Marcela Marialva, a sinhazinha Valentina Cid e o Boi Caprichoso.
Dois momentos vibrantes marcaram a execução das toadas “Viva a Cultura Popular” e “Málúu Dúdú”, executadas por Patrick Araújo.
O momento coreográfico que destacou o Bicho Folhadal, o espírito da luta dos povos da floresta, trouxe a Rainha do Folclore, Cleise Simas. Também nesse momento foi marcante a participação de Ângela Mendes, filha de Chico Mendes.
O Rito de Transcendência Yanomami Mothokari, a fúria do Sol foi o ápice da apresentação que narrou as visões de Davi Kopenawa, que tem esse nome em referência à bravura do espírito da “vespa” que o acompanha em suas viagens ritualísticas. O pajé Erick Beltrão evoluiu com a fantasia que se transformou em vespa.
A apoteose do Caprichoso encerrou a apresentação com a alegria do povo que triunfa pela arte e cultura.
Veja mais fotos do boi Caprichoso na primeira noite do Festival de Parintins 2024:
Texto: Peta Cid
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