Um total de dez das 42 Unidades de Conservação (UC) Estaduais do Amazonas já está autorizada a reabrir para visitação do público externo. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (11/08), propõe a retomada as atividades, de forma parcial, nas áreas protegidas localizadas em Manaus e municípios no entorno.
Conforme a portaria n° 87, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), está autorizada a retomada das atividades de visitação, filmagem e pesquisa científica que não envolvam o contato direto com os moradores, em 10 Unidades de Conservação, conforme explica o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
“A reabertura das UC gerenciadas pela Sema ocorre em duas etapas, respeitando, nesse primeiro momento, o distanciamento das populações tradicionais, para depois, em uma segunda etapa, normalizar todas as atividades gradualmente. Vale destacar que a escolha dessas UC leva em consideração o atual quadro de Covid-19 nas localidades, que mantém uma estabilidade com relação às demais áreas protegidas”, pontuou.
Pela portaria estão autorizadas a reabrir as seguintes UC:
Parque Estadual (Parest) Sumaúma;
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista;
Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro setor Paduari-Solimões;
RDS do Rio Negro;
APA Margem Esquerda do Rio Negro setor Tarumã-Açu/ Tarumã-Mirim;
APA Margem Esquerda do Rio Negro setor Aturiá-Apuauzinho;
Parest do Rio Negro Setor Norte;
Parest do Rio Negro Setor Sul.
Atividades permitidas
Nesta primeira etapa voltam a funcionar apenas as atividades de turismo de contemplação da natureza, segundo o chefe do Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação (Demuc) da Sema, Rogério Bessa.
“Essas dez UC possuem o ecoturismo como uma modalidade pujante na economia local. Nesta fase está permitido, por exemplo, a visitação de cachoeiras, passeios turísticos e outras atividades que não tenham interação direta com os moradores das áreas protegidas”, disse.
De acordo com ele, a retomada das atividades regulares nas 10 Unidades de Conservação só deve ocorrer em sua totalidade na segunda etapa de reabertura, que inicia a partir do dia 31 de agosto.
“Os serviços que envolvem a interação com as comunidades tradicionais, como eventos e o turismo de pesca esportiva, só podem voltar a ocorrer após essa data, desde que tenham viabilidade sanitária atestada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), anuência da Sema e das próprias comunidades locais”, concluiu.
Segundo a presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Roselene Medeiros, é importante que todas as pessoas envolvidas com serviços de transporte, hotelaria, restaurantes e outros setores relacionados sigam os protocolos de biossegurança, disponíveis no site da instituição.
“Nesse momento de transição é fundamental o cumprimento dos protocolos de biossegurança para resguardar a saúde e vida da população e dos nossos visitantes. Nossa orientação, seguindo as recomendações da FVS, é que nenhum turista entre em qualquer comunidade sem máscara”, afirmou.
“Nas comunidades indígenas, por exemplo, estamos sugerindo que, na entrada da oca, seja disponibilizado álcool em gel para higiene das mãos e que seja exigido o distanciamento de um metro entre os visitantes, que não poderão participar de danças, degustar comidas tradicionais e nem tirar foto próximo dos comunitários”, finalizou Roselene.
Outras Unidades de Conservação
A reabertura das outras 32 UC gerenciadas pela Sema dependerá da evolução dos casos de Covid-19 nos municípios.
Segundo a secretária executiva adjunta de Gestão Ambiental da Sema, Christina Fischer, um calendário para as demais áreas protegidas do Estado deve ser elaborado, a partir das as determinações Legais estabelecidas pelo Governo do Amazonas e órgãos de saúde.
“A reabertura da visitação pública está ocorrendo de forma parcial, gradual e monitorada, para garantirmos a segurança tanto para os visitantes como para as populações tradicionais que têm no turismo comunitário e na venda da produção agroflorestal, por exemplo, suas fontes de renda. A partir da diminuição ou evolução dos casos de Covid-19 nos municípios onde estão inseridas as UC, a Sema irá propor a reabertura responsável daquelas UC, com o objetivo primeiro de resguardar a saúde da população”, afirmou.
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