Registros históricos indicam que a cidade de Manaus começou na Ilha de São Vicente, com a construção do Forte de São José da Barra do Rio Negro. O pequeno povoado cresceu, se transformou em vila, depois cidade e hoje é uma metrópole de mais de 2 milhões de habitantes. Um pouco desse passado pode ser resgatado na Rua Bernardo Ramos, uma das mais antigas de Manaus e para muitos, uma das mais bonitas também.
Localizada na Ilha de São Vicente, ao lado do Museu da Cidade de Manaus e da Praça Dom Pedro II, inicialmente foi chamada de Rua São Vicente. Depois mudou de nome em homenagem a Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, político e comerciante, um dos fundadores do IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas). Ele foi dono de uma coleção de moedas que contava com mais de 10 mil peças. Atualmente, você pode apreciar toda a coleção no Museu de Numismática Bernardo Ramos, que integra o Centro Cultural Palacete Provincial, localizado na avenida Sete de Setembro.
A rua foi a primeira a ser urbanizada na cidade. Hoje, o toque nostálgico da via começa pelo seu calçamento, todo feito em pedra. Frondosas árvores ocupam as calçadas e um casario antigo ladeia a rua.
É na Bernardo Ramos que estão as duas casas consideradas as mais antigas de Manaus, as de números 69 e 77, que hoje abrigam o Centro Cultural Óscar Ramos. É também nesta rua que está a Loja Maçônica Esperança e Povir, a mais antiga de Manaus.
Também merece destaque a sede do IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas) que tem a frente na Bernardo Ramos e os fundos para a rua Frei José dos Inocentes.
Outro prédio icônico é o antigo Hotel Cassina, que está sendo recuperado pela Prefeitura de Manaus. Construído pelo italiano Andrea Cassina no período áureo da borracha, está localizado entre as ruas Bernardo Ramos e Governador Vitório, na Praça Dom Pedro II (antiga Praça da República). Com o declínio da economia da borracha, o local passou a ser chamado de pensão e posteriormente, Cabaré Chinelo. Há mais de meio século que o prédio está reduzido a condição de ruínas, existindo apenas as quatro paredes e parte das armações de ferro.
Quem foi Bernardo Ramos
Filho de Manoel da Silva Ramos, fundador da imprensa na capital do Amazonas, e Jesuína Maria de Azevedo da Silva Ramos, perdeu o pai ainda menino, indo trabalhar na agência dos Correios da cidade.
Exerceu diversos cargos públicos a partir dos 21 anos, sendo eleito Intendente Municipal (Vereador). Viajou pela Europa e Oriente Médio, percorrendo a Palestina e o Egito, adquirindo conhecimentos de diversas línguas, entre as quais a língua hebraica, a língua fenícia e o sânscrito, o que lhe permitiu a leitura de diversas moedas.
Comerciante, Bernardo Ramos foi fundador e presidente da Associação dos Proprietários de Manaus. Foi ainda fundador do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (25 de março de 1917) e um dos fundadores do Clube Republicano do Amazonas. (Fonte: Wikipédia)
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