19/11/2024

Palácio Rio Negro, um símbolo de poder dos “barões da borracha”

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Símbolo da época áurea da borracha, o Palacete Scholz foi tombado como patrimônio histórico e transformado no Centro Cultural Palácio Rio Negro. Fotos: Tereza Cidade

Não bastava ser rico, era preciso ostentar. Assim era a vida dos “barões da borracha”, como se tornaram conhecidos os comerciantes que enriqueceram com a exploração do látex entre o final do século X e início do século XX em Manaus. Era o boom da borracha, quando a exploração do produto alcançou níveis espetaculares para a economia do Estado, sobretudo para os donos dos seringais e comerciantes.

Um dos comerciantes mais ricos foi o alemão Waldemar Scholz, dono da mais luxuosa residência que havia em Manaus naquele período. Conhecido como “Palacete de Scholz”, a casa fabulosa foi construída na avenida Sete de Setembro, onde hoje é o Centro de Manaus, em um terreno de mais de 4.700 metros quadrados

Com a queda do preço da borracha a partir de 1912 e depois com a 1ª Guerra Mundial, Scholz se viu obrigado a hipotecar e vender o imóvel para o coronel Luiz da Silva Gomes, que era seringalista e comerciante,  em 1911. Era o fim da vida ostentosa do alemão, que voltou para sua cidade natal, Hamburgo, onde faleceu, sem retornar mais a Manaus. Depois o prédio foi alugado e, em 1917, vendido para o Estado, na gestão do governador Pedro de Alcântara Bacellar, por 200 contos de réis, valor considerado muito alto para um Estado em crise financeira. O imóvel se transformou na residência e na sede do poder executivo estadual até 1995.

Reformada e revitalizada, a residência, localizada na avenida Sete de Setembro, foi transformada no Centro Cultural Palácio Rio Negro, em 1997, que fica aberto à visitação gratuita.

Assim como muitos prédios do período da “belle époque”, a casa de Waldemar Scholz seguia os ditames da moda arquitetônica da época. O original do imóvel foi mantido e revitalizado. Hoje, o centro é um espaço de exposições permanentes, que incluem bustos de autoridades públicas, quadros de artistas famosos, como Moacir Andrade e Branco e Silva, e fotografias penduradas no salão nobre de todos os governadores do Amazonas.

A programação inclui também atividades pontuais, com exposições temporárias, recitais de música erudita, lançamentos de obras literárias, conforme o cronograma do espaço.

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O prédio foi construído entre 1900 e 1903, com 16 cômodos.

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Detalhe da fachada, com as duas esculturas em ferro importadas da França.

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A escadaria suspensa em madeira de lei.

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Detalhe das estátuas que representam a música e a poesia.

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Quadro “Imortalidade”, um óleo sobre tela de Branco e Silva, em comemoração aos 50 anos do Teatro Amazonas.

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Sala de espera ou descanso.

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O piso é todo feito em acapu e pau-amarelo, madeiras da Amazônia.

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Estátua representando a meditação.

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Exposição de pinturas em uma das salas do palacete.

Adentrar e visitar cada sala do Centro Cultural Palácio Rio Negro é mergulhar em uma das histórias mais fascinantes do Amazonas e, sobretudo, de Manaus. O espaço guarda quadros, mobílias antigas, incluindo três relógios suíços, poltronas, estantes. A maioria dos móveis é original. Um dos destaques é uma mesa de jacarandá de estilo inglês. Cadeirinhas de palha-de-índia também fazem parte do mobiliário. Há também uma sala de leitura, onde o visitante pode descansar.

O espaço possui dois andares e a visitação por ser guiada ou não. Na frente do prédio, em meio ao jardim, há uma estátua em bronze representado a Medusa, com serpentes entrelaçadas no cabelo e braço. Uma escadaria com duas entradas, com esculturas em ferro trazidas da França de um índio e uma índia com luminárias nas mãos, levam ao interior do prédio.

Ao entrar no espaço, o visitante se depara com um bela escada suspensa em madeira de lei, guardada por duas esculturas.

O acesso ao terceiro andar, onde existe um farol, está bloqueado devido à fragilidade de uma escadaria que, no entanto, permanece visível ao visitante.

Tombado como patrimônio histórico do Estado em 1980, o Palácio Rio Negro é integrado ao Parque Jefferson Péres, outra atração da cidade.

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Varanda frontal do prédio.

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Belo mobiliário em exposição

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São várias salas com móveis de época

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As famosas cadeiras de palhinhas.

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Sala oficial do governador.

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Painel com fotos de todos os governadores do Amazonas.

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Mesas e cadeiras antigas

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Grandes portas internas são uma característica da construção.

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A beleza do mobiliário antigo.

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Sala dos símbolos do Amazonas, como a bandeira e o brasão

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Varanda na parte posterior do palacete.

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O canto dos pássaros nas árvores cria um ambiente acolhedor e relaxante na parte de trás do palacete

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Jardim que faz a ligação com o Parque Jefferson Péres.

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Prédio para eventos, ao lado do Palácio Rio Negro.

 

Serviço:

Centro Cultural Palácio Rio Negro

End: Avenida Sete de Setembro, 1.546 – Centro

Dias e horário de visitação: Fecha domingo e terça-feira. Nos demais dias funciona das 9h às 17h. A entrada é gratuita.

Informações: (92) 3232-4450.

 

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5 thoughts on “Palácio Rio Negro, um símbolo de poder dos “barões da borracha””

  1. Penelope disse:

    Boa tarde!
    Gostaria de saber quais são os procedimentos caso queira fazer um ensaio fotográfico no Palácio. Minha mãe ira casar em novembro de 2017 e goatariamos de saber se da para realizar esse ensaio antes desse mês.

    RESPOSTA
    Você deve fazer a solicitação para a Secretaria de Estado de Cultura (SEC). O email é: ascomsecam@gmail.com. Telefones: (92) 3633.2850/(92) 3633.3041

  2. Bruna Borges Landim disse:

    Boa tarde, A quem devo endereçar um ofício solicitando autorização para realizar ensaio fotográfico no Palácio do Rio Negro ?

    RESPOSTA
    O Palácio Rio Negro é administrado pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC). Tel: 92 3631-1600

  3. Andréia Freitas disse:

    Bom dia!
    O Palácio estará aberto nesta sexta-feira (feriado dos Finados)? Qual horário para visitação?

    RESPOSTA
    Não temos o horário de visitação neste feriado.

  4. Jomara disse:

    Qual o valor da taxa para visitação? Sou de Manaus tem acesso gratis?

    RESPOSTA
    A entrada é gratuita.

  5. Lucita Guerreiro Castelo Branco disse:

    Sou neta de Branco e Silva. Gostaria de saber onde encontra-se a tela da morte de Ajuricaba pintada por meu avô. Se não me engano , vi essa tela no Palácio Rio Negro, na escadaria onde hoje encontra-se um relógio de pé. Muito agradecida por alguma resposta . Lucita Guerreiro Castelo Branco.

    RESPOSTA
    Se alguém puder ajudar a neta do artista informando onde está a tela, agradecemos.

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