Cortina d’Ampezzo: o que fazer na 'rainha das Dolomitas'

Cortina D’Ampezzo, conhecida como a ‘Rainha das Dolomitas’, está entre as cidades alpinas mais belas do mundo. Foto: Amazonas e Mais

Cortina d’Ampezzo é conhecida como a “Rainha das Dolomitas” e é perfeita para fazer de base em uma viagem por uma das regiões mais lindas da Itália. No inverno, é uma estação de esqui famosa, que já sediou até os Jogos Olímpicos. No verão, se transforma na capital das trilhas, que podem ser feitas a pé ou de bicicleta. O certo é que em qualquer estação você vai se deparar com uma cidade charmosa e requintada, cercada por paisagens deslumbrantes.

Localizada na província de Belluno, ao norte da Itália, na região do Vêneto, fica a cerca de 40km da fronteira com a Áustria. A cidade fez parte do império Austro-Húngaro e ainda mantém traços dessa herança no idioma (o alemão), arquitetura e gastronomia. Foi palco de batalhas importantes na 1ª Guerra Mundial.

Cortina é cercada pelas Dolomitas, uma cordilheira nos Alpes da Itália consideradas Patrimônio Mundial da Unesco. A área abrange cinco províncias: Trento, Bolzano, Belluno, Udine e Pordenone. As montanhas chegar a ter mais de 3 mil metros de altura. O cenário que rodeia a cidade é impressionante: são vales verdejantes com casinhas alpinas, lagos de águas azuladas e montanhas com picos nevados.

A cidade é integrante da Associação Europeia Best of the Alpes, que reúne os 11 lugares mais bonitos e sofisticados dos Alpes. Por isso, é um destino que atrai estrelas do jet-set internacional, principalmente no período do inverno.

A Basílica de São Felipe e Tiago, em Cortina D'Ampezzo

A Basílica de São Felipe e Tiago. Fotos: Amazonas e Mais

O charmoso centrinho da cidade.

Torre de 71 metros de altura

Estádio de Gelo. Foto: Divulgação

Atrativos

Com cerca de 6 mil habitantes, o centrinho de Cortina é facilmente percorrido a pé. O que mais chama a atenção ao andar pela cidade é a moldura feita pelas Dolomitas. Nos dias de sol, fica ainda mais lindo, quando as montanhas com seus picos nevados ganham um tom dourado.

A rua principal é a Corso Itália, a mais movimentada. Há várias lojas de roupas, galerias de arte, lojas de antiguidades, restaurantes, cafés e supermercados. Não deixe de visitar La Cooperativa di Cortina, com muitos produtos regionais.

Na Corso Itália também fica a Basílica de São Felipe e Tiago, construída entre 1769 e 1775, com a torre sineira de 71 metros de altura. Dentro há um belo altar de Nossa Senhora. E caminhando um pouco mais acima, há a Igreja de Nossa Senhora da Defesa, a mais antiga da cidade, datada de 1750.

Cortina também é bem sortida de museus: o Museu de Arte Moderna Mario Romoldi reúne obras de pintores italianos; o Museu Paleontológico Rinaldo Zardini funciona desde 1975; e o Museu Etnográfico Regole d’Ampezzo, que mostra o modo de vida dos habitantes da região.

Entre as atrações da cidade está o estádio de Gelo, construído para os 7º Jogos Olímpicos de Inverno em 1956. Tem mais de 4 mil metros e fica a poucos minutos do centrinho da cidade. Fica aberto de julho a setembro, oferecendo patinação no gelo e outros esportes de inverno.

Passeios

Cortina d’Ampezzo é cercada por alguns dos lagos mais bonitos das Dolomitas. O Lago di Misurina fica a menos de 20 minutos de carro e há ônibus direto do terminal rodoviário.

O Lago di Braies, a 50km, também merece uma visita, sendo considerado por muitos o mais bonito dos Alpes Italianos. No meio do caminho, ainda dá para visitar o Lado di Dobbiaco e o Lago di Landro.

Lago Misurina, Dolomitas, Cortina D'Ampezzo

Lago Misurina ainda congelado em plena primavera. Fotos: Amazonas e Mais

Lago di Braies, Dolomitas, Cortina D'Ampezzo

Lago di Braies fica perto de Cortina D’Ampezzo.

Gastronomia

Cortina é um reduto de bons restaurantes, alguns deles com estrelas no Guia Michelin, caso do Tivoli e San Brite. Além das famosas massas italianas, a cozinha tem influência tirolesa (alemã).

Quando ir

A cidade atrai turistas em todas as estações, mas a alta temporada ocorre nos meses de verão – de junho a setembro – e inverno, de dezembro a março. Na baixa temporada, você pode encontrar alguns restaurantes e hotéis fechados.

No inverno, a cidade atrai os amantes dos esportes de inverno, que se divertem nas diversas estações de esqui nos seus arredores. As temperaturas chegam a ficar negativas.

No verão é a vez dos turistas interessados em fazer trekking ou trilhas de bicicleta. Ao redor da cidade há mais de 400 quilômetros de trilhas, de todos os níveis de dificuldade. A maioria pode ser feita por conta própria, sem precisar de guia. As temperaturas ficam entre 15º e 20º.

Com belos lagos nos arredores, muitas pessoas buscam o contato com a natureza ao visitar a cidade. No caminho, são comuns os refúgios nas montanhas, que oferecem bar, restaurante e até mesmo hospedagem tanto no inverno quanto no verão.

Como chegar

Os aeroportos mais próximos ficam em Treviso (136km), que recebe mais voos internos, e Veneza (Aeroporto Internacional Marco Polo). De carro, a partir do aeroporto de Veneza, são cerca de 3h horas de estrada.

Também não há estação de trem na cidade. As mais próximas são as de Dobbiaco e Calalzo di Cadore, tornando necessária a dobradinha trem e ônibus. Há ônibus direto de Veneza para Cortina.

Outra opção para os brasileiros seria chegar de avião por Milão e fazer a viagem de carro (5h) parando em cidades do Lago di Garda ou cidades como Verona ou Pádua.