San Carlos de Bariloche, na Patagônia argentina, é conhecida pelas estações de esqui na temporada de neve. O que nem todos sabem é que a cidade é encantadora em todas as estações do ano. Então, vale viajar para Bariloche sem neve? Sim, vale muito!
No verão (de dezembro a março), estação mais quente do ano, quando a temperatura média fica em torno dos 30º C, Bariloche combina descanso e aventura em meio a um roteiro gastronômico impecável e uma completa oferta hoteleira. É a época perfeita para esportes radicais, para viagens de carro e roteiros gastronômicos. E pode ter certeza, as paisagens continuam lindas.
Para os brasileiros, é um destino ideal para férias, principalmente em família. Para começar, todo mundo arranha um “portunhol”. O comércio local aceita a moeda brasileira, inclusive costuma oferecer descontos em transações em Real. E, para a alegria de todos, um Real equivale a 10 pesos argentinos (jan/2019). Também não é necessário levar o passaporte ou ter visto para entrar no país. Pelo acordo do Mercosul, basta o documento de identidade ou carteira de habilitação (CNH).
Sem neve, você pode pegar o carro sem preocupação e descobrir as cidades vizinhas como Villa La Angostura e San Martin de Los Andes.
Para os amantes da areia, sol e mar, Bariloche também tem o que oferecer. A cidade não é banhada pelo oceano, é verdade, mas possui diversos lagos e rios que formam belíssimas praias de águas cristalinas. Além do mais, são sempre cercados de montanhas e muita vegetação, garantindo um visual indescritível.
O que fazer em Bariloche no verão e no inverno:
Circuito Chico – É um excelente passeio para fazer. O roteiro começa no centro da cidade, seguindo pela margem sul do lago Nahuel Huapi, avançando pela avenida Bustillo, você encontra o Club Regatas na altura do quilômetro 20 – é lá onde fica a península de San Pedro. O circuito segue para a península Llao Llao, passa pela Villa Tacul, depois pelo Lago Moreno, onde é possível conhecer a Colônia Suíça, um pedaço da Suíça em Bariloche. Há 17km do centro da cidade, o Circuito Chico passa pelo monte Campanário, um dos mirantes mais lindos com vista privilegiada da cidade toda. No caminho do circuito, existem várias casas de chá muito charmosas e aconchegantes, onde é possível fazer uma parada para se aquecer a admirar a paisagem local.
Cerro Campanário: ótimo para observar a vista dos lagos e montanhas. O acesso é por um teleférico (Aerosilla). É uma das atrações do Circuito Chico.
Cerro Bayo: no inverno é ideal para os iniciantes no esqui, já no verão oferece mountain bike, cavalgadas e trekking
Parque Nacional Nahuel Huapi: a cidade fica situada dentro do parque e oferece pesca durante o verão. Daqui partem os passeios para o Cerro Tronador e para as excursões lacustres de Isla Victoria e Puerto Bles.
Isla Victoria e Bosque de Arrayanes: passeio de catamarã pelo Lago Nahuel Huapi.
Cerro Otto: passeios de trenós puxados por huskies siberianos no inverno e uma cafeteria giratória, em qualquer estação.
Rafting: passeio nos vales de formação glacial no rio Manso.
Cerro Tronador: com 3.555 metros, é a montanha mais alta de neve onde se pode ver os grandes blocos de gelo desmoronando.
Catedral Nossa Senhora do Nahuel Huapi: inaugurada em 1946 e de construção neogótica, assinada por Alejandro Bustillo, a catedral está em um parque muito bem cuidado, com caminhos pitorescos e playgrounds. A escultura de Nossa Senhora do Nahuel Huapi reproduz uma imagem que acompanhava o padre Mascardi na sua missão, estabelecida às margens do lago, em 1670. A Catedral permanece aberta ao público de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 17h às 21h (salvo em eventos especiais). O horário aos sábados e aos domingos é das 9h30 às 12h30 e das 17h às 21h30. Saem caminhadas históricas, guiadas do Centro Cívico até a Catedral.
Centro Cívico: Fundado em 1940 e considerado o primeiro centro cívico da argentina, a praça central de Bariloche tem características arquitetônicas inspiradas nas regiões montanhosas da Europa, com prédios de pedras verdes e telhados de ardósia preta. O local sedia instituições como a prefeitura, os correios, a polícia local, o Museu da Patagônia e a Biblioteca Sarmiento. Além disso, no lugar existem ótimas lojas de chocolate, como a Mamuschka e a Rapa Nui, e uma feirinha de artesanato. É lá também que os turistas podem fazer a foto clássica na companhia de cachorros da raça São Bernardo, que são símbolos de Bariloche.
Colônia Suíça: A 25 quilômetros do centro, fica a Colônia Suíça, uma atração imperdível para um passeio em família. Trata-se de um vilarejo com casinhas de madeira, córregos, lojinhas e restaurantes bem interessantes, como o Las Siete Cabritas, que parece saído de um conto de fadas.
Praias: O passeio de praia nas montanhas começa na tradicional Praia Bonita, no quilômetro sete da Avenida Bustillo, em frente à Ilha Huemul. É “a praia” dos moradores da cidade e um dos lugares favoritos dos turistas. Além disso, é um dos mais extensos balneário da Capital dos Lagos que apresenta uma praia de pedras brancas, um lago de águas profundas e povoadas por pequenas ilhas e toda a infra-estrutura necessária: banheiros, bar, restaurante e segurança. Outra praia legal é a Bahia Serena, no quilômetro 12 de Bustillo, um pequeno e tranquilo ambiente familiar com areia mais fina que proporciona uma descida ao lago. É um lugar ideal para descansar, embora seja geralmente o mais movimentado da cidade. Os turistas são atraídos pela água espelhada dos seus 200 metros de costa.
A Villa Tacul, localizada à 25 quilômetros do centro de Bariloche, no coração do Parque Municipal Llao Llao, permite cruzar caminhos de pouca dificuldade que levam a praias arenosas, com águas calmas ideal para mergulho, lagos e mirantes, entre florestas de bosques.
No lago Gutierrez, pela rota 40, a cerca de 15 quilômetros do centro é a praia: Villa Los Coihues. É um dos destinos preferidos para banhos e suas águas calmas e temperadas são frequentadas por esportes aquáticos. Da rota, à direita, uma ponte de madeira é cruzada e a costa é acessada. Além disso, possui salva-vidas e um incrível museu paleontológico, com ovos de dinossauro, modelos, fósseis e toda a história da evolução geológica da Patagônia. Também no centro de Bariloche, você pode aproveitar a praia pública: a que fica em frente ao Centro Cívico e a Praia do Bicentenário
Como chegar
Manaus não tem mais voo direto para Buenos Aires pela GOL (foi suspenso em 2019). É preciso fazer conexão em outra cidade como Brasília e São Paulo. Fique atento ao aeroporto na hora de marcar a passagem para Bariloche, já que os voos podem sair de dois locais: o Aeroporto Internacional e o Aeroparque. Outra opção – talvez a melhor se você não fizer questão de ficar alguns dias em Buenos Aires -, é seguir para São Paulo, onde pelo menos três companhias aéreas (Latam, Azul e Aerolíneas) fazem a rota, com voos diretos para Bariloche com quatro horas de duração.
Gastronomia
A gastronomia de Bariloche é bem rica. Ela traz os pratos e elementos clássicos da culinária argentina, além dos ingredientes únicos da região da Patagônia. A cidade possui alguns dos melhores restaurantes do país, além de produções artesanais locais espetaculares como o chocolate e a cerveja.
O doce é produzido por dezenas de chocolaterias na cidade. Ao total, são mais de 1000 toneladas por ano. Algumas mais famosas são a Mamuska, a Chuela Goye e a Rapa Nui.
Outro grande produto é a cerveja. Elas são produzidas em cervejarias locais com ingredientes únicos. Para conhecer várias marcas, é possível fazer o circuito cervejeiro que passa pelas fábricas onde é feita a degustação da bebida.
Não deixe de experimentar os peixes dos lagos da região. Truta e salmão são os grandes atrativos. Além disso, o cordeiro patagônico e a carne de javali são muito apreciados. Entre os bons restaurantes da cidade de pratos regionais está El Patácon, na Av. Bustilo. Para um jantar mais requintado, o
A Argentina está entre os grandes produtores de vinhos. Têm vários rótulos conhecidos mundialmente, como os Catena Zapata. Em Bariloche, aproveite para conhecer produções menos famosas, como a da vinícola Del Fim do mundo.
Hotéis
Localizada nos Andes Patagônicos, a 1.500 quilômetros de Buenos Aires, Bariloche abriga uma completa e excelente rede hoteleira, com capacidade para atender todos os orçamentos, inclusive existem bons hostels para quem preferir economizar e ainda fazer novas amizades. São 650 hotéis, com 30 mil leitos.
Se você alugar carro, os hotéis ao longo da avenida Bustillo são ideais. Há várias hospedagens de alto nível. Sem carro, o melhor é ficar no centro da cidade.
Veja fotos de Bariloche:
Atualizada em 3/3/2020
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Boa noite, fui na Argentina recentemente, nunca imaginei que fosse gostar tanto, Mendoza ameiii, em Buenos Aires o que não falta é história, uma boa gastronomia, danças folclóricas e o tango claro, enfim, agora com estas informações vou conhecer Bariloche.
RESPOSTA
Também amei a Argentina. Temos um post sobre as vinícolas de Mendoza e, em breve, vamos publicar um sobre San Martin de Los Andes e a região de Salta. Não vai faltar destinos para você programar sua próxima viagem para esse país. Bjs.